REFLEXÕES SOBRE RENEGOCIAÇÃO BANCÁRIA.

A renegociação de dívidas bancárias deve ser muito bem planejada.

Primeiro, estando você certo de que realmente quer renegociar suas dívidas, deverá se certificar se as parcelas renegociadas estarão dentro do seu orçamento e se conseguirá cumprir com essa renegociação. Esteja certo de que honrará o seu compromisso, pois, caso contrário, o remendo se tornará pior que o rasgo.

E não adianta, depois de assinada a renegociação, levantar a bandeira dos juros abusivos (salvo exceções), pois o entendimento da maioria dos tribunais é de que o contrato deve ser cumprido. É lógico que cada caso é um caso, devendo cada um ser analisado por especialista em busca de alguma ilegalidade praticada pela instituição. No entanto, os bancos cada vez mais vêm se adequando às jurisprudências, procurando fazer tudo dentro da mais legalidade, para evitar discussões jurídicas.

Renegociar mais de uma dívida, reunindo-as num mesmo contrato de parcelamento ou confissão de dívida ou renegociação, nem sempre é um bom negócio.

A Instituição credora se vale da renegociação de várias dívidas em um mesmo contrato para obter apenas um título executivo extrajudicial, peça imprescindível para uma eventual ação de execução. Ou seja, essa renegociação facilitará a vida do banco em caso de uma ação judicial.

Antes de renegociar mais de uma dívida, em um único acordo, tente negociá-las de forma isolada. Se o pagamento da dívida for à vista, você poderá obter grande desconto por parte da instituição.

Embora os juros de uma renegociação seja menor do que, por exemplo, um contrato de cheque especial ou de cartão de crédito, geralmente os descontos concedidos para pagamento da dívida (à vista de preferência) superam aquela redução de juros da renegociação ou confissão de dívida.

O que se pede é muita cautela no caso de uma renegociação ou confissão de dívidas bancárias, para que seja tomada a decisão correta e mais vantajosa ao devedor. Se não tiver certeza do que está fazendo, não assine qualquer confissão ou documento, e peça auxílio profissional caso entenda necessário.

Por fim, não se sinta pressionado pela instituição bancária. Faça tudo com calma, analise, estude e, se preciso for, contrate um serviço especializado.

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Guido Carlos Dugolin Pignatti

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